RESENHA LITERÁRIA: A ESCOLHA DE SOFIA

Do livro ao cinema, A Escolha de Sofia desperta o conflito de um triângulo amoroso em plena 2ª Guerra Mundial.


Confesso que estou numa abstinencia muito grande em colocar as leituras em dia. Na verdade o meu interesse por leitura mudou bastante nos ultimos anos principamente por causa da faculdade. Ultimamente estou interessada em livros que falam a respeito do meu curso ou que fazem parte mais da realidade. Mas por enquanto fico no tentar e tô aceitando indicações de boas leituras. 
A resenha a seguir é de um livro que me custou pra terminar, mas que não deixou a desejar e despertou meu interesse por livros maiores.


Capa do livro "A Escolha de Sofia" da editora Geração Editorial.

Avaliação: ★★★

Há 5 anos comprei este livro, há 1 ano que leio ele e só após 1 ano vou escrever sobre ele. É realmente uma longa trajetória que envolve A Escolha de Sofia. Ao começo de sua história é aquela coisa apaixonante e gostosa de ler sobre a tamanha paixão de Stingo sobre a lindíssima polonesa Sofia cujo está namorando (e sofrendo também) ao lado do jovem judeu Nathan. Olha só com o que nos deparamos: isso mesmo, um triângulo amoroso.

Ao perder o emprego com o sonho de escrever um livro, Stingo muda-se para Mansão da Dona Yetta no Brooklyn onde conhece o casal feliz da vida. Ao longo de sua convivência passa a conhecer o casal intimamente e percebe que eles enfrentam várias dificuldades como brigas constantes por causa da bebedeira de Nathan (com toda essa briga você acaba percebendo que o que mantinha o fogo aceso da paixão era o sexo, isso mesmo. Ah, e daqui pra frente ao ler esta história, você vai ter que se acostumar a ler sempre a palavra “trepar”). Assim Sofia passa a se refugiar com Stingo que está perdidamente apaixonado por ela. Para entender melhor a sua amada, Stingo vai a fundo na história da vida de Sofia uma sobrevivente do campo de concentração de Auschwitz. Pobre Stingo eu diria, tá aí o que eu chamo de uma verdadeira friendzone (ou não, né).

                                 
Verso do livro representando os atores em seus respectivos personagens.


É quando chega nessa parte que realmente cansa ler o livro. O autor passa a contar sobre o passado de Sofia detalhe por detalhe de sua trajetória até chegar os braços de Nathan que a “socorre”. Praticamente o livro é isso, fica até cansativo e chato de ler por utilizar uma linguagem formal (tirando as partes engraçadinhas sobre a adaptação de uma nova língua que a Sofia faz ao contou a sua história (sic)), mas você também não quer deixar de lado para ver o que acontece no final. O final sim é surpreendente! Coisa que se você se acostumou com a linguagem cansativa do livro, quase dormindo nele, de repente você leva um susto e acorda (era o que Sofia precisava fazer também em relação ao Nathan, sabe).

Você acaba descobrindo o porquê finalmente do título, que envolve seus dois filhos. Pior mesmo é quando Stingo ao ver até que ponto chegou a loucura de Nathan e assim tentar salvar Sofia de uma vez por todas deste louco, ela simplesmente o abandona. A coitada realmente esta cega de amores por Nathan não há nada realmente que resolva. Eles sim fizeram jus ao “até que a morte nos separe” - não que a morte vão os separar, mas enfim.

Fora o enredo que se tornou um clássico, o autor escreve perfeitamente um dos temas mais, digamos que tristes da história da humanidade que foi a trajetória de Sofia no campo de concentração nazista. Aos que se interessam pelo assunto com toda certeza vai adorar a leitura rica em detalhes ao que faz você entrar na história. Logo após, quando Sofia vive na esperança de reencontrar seus filhos e fazer a tão difícil escolha que como toda mãe sabe, não é uma coisa lá muito fácil de decidir e fazer. É de fato a parte mais emocionante do livro. Vemos até que ponto as nossas escolhas podem nos influenciar no nosso modo de viver.

“Na vida de cada um de nós há casos estranhos, em que mais tarde cruzamos o caminho de alguém relacionado com o que se considerava um acontecimento abstrato.”

Oh, e ao pobre Stingo, quem disse que ele não realizou o teu sonho de escrever um livro?

“Um dia ainda vou escrever sobre a vida e a morte de Sofia, e assim ajudar a mostrar como o mal e a crueldade nunca são extirpados deste mundo.”

Bom, falei do livro mas com o seu tamanho sucesso surgiu o filme com o elenco maravilhoso. O papel de Sofia caiu perfeitamente para a Meryl Streep como também para o Kevin Kline (Nathan).



Com isso é quase que impossível não gostar na história da polaca de todos nós, Zozia.


Sobre o autor: William Clark Styron, Jr. (Newport News, Virgínia, 11 de junho de 1925 – Martha's Vineyard, Massachusetts, 1 de novembro de 2006) foi um escritor estadunidense. William Styron ficou famoso por dois romances, As Confissões de Nat Turner, e A Escolha de Sofia. Este último foi adaptado para o cinema no início da década de oitenta, com Meryl Streep interpretando a personagem título, numa atuação antológica que lhe valeu o Óscar de Melhor Atriz. Embora tenham feito enorme sucesso, os dois livros foram bastante criticados, As Confissões de Nat Turner por supostamente 'distorcer' a história dos negros nos EUA, e A Escolha de Sofia por sua abordagem do drama dos judeus durante o Holocausto.

Morreu vitimado por pneumonia.

Fonte: Wikipédia

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